REVISTA SÃO MAMEDE

quinta-feira, 13 de junho de 2019

Polícia registra boletim por difamação contra modelo que acusa Neymar de estupro

Polícia registra boletim por difamação contra modelo que acusa Neymar de estupro
A Polícia Civil registrou um boletim de difamação, na noite desta terça-feira (11), contra Najila Trindade Mendes de Souza, 26 anos, por conta de declarações feitas pela modelo à imprensa sobre os trabalhos da corporação, no caso em que ela acusa o jogador Neymar de estupro.
Segundo boletim de ocorrência, feito pela 6ª Delegacia Seccional de Santo Amaro, o delegado José Fernando Bessa teve ciência das declarações da modelo, ao assistir entrevista concedida por Najila ao jornalista Roberto Cabrini, do SBT.
A modelo afirmou ao entrevistador que “a polícia está comprada” após ser questionada sobre o suposto arrombamento de seu apartamento. Durante o episódio, teria sido furtado um tablet que teria um vídeo que prova a acusação que ela faz contra o atleta.
O jornalista afirma, em um trecho da entrevista, que a polícia encontrou digitais somente da modelo e da empregada dela no apartamento supostamente arrombado. Na sequência, Najila afirma:
— É, mas a polícia está comprada né? Ou não? Ou eu estou louca?
Por conta dessa declaração, o delegado da 6ª Seccional registrou o boletim de ocorrência contra a modelo. Até a publicação desta reportagem, Najila e a defesa dela não foram encontradas, mesmo após diversas ligações telefônicas.
“Desta feita, analisando o teor das declarações de Najila à imprensa, sobretudo quando questionada acerca das digitais colhidas na porta de seu apartamento, verifico ter sido maculada não só a honra da Polícia CIvil como instituição […], mas, sobretudo a honra objetiva dos servidores lotados no IIRGD [Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt], responsáveis pela coleta do material papidatiloscópico [digitais]”, diz trecho do documento policial.
O delegado acrescenta no boletim que um ofício será encaminhado ao instituto que coletou as digitais no local do suposto furto. “Caso sintam-se (os peritos) atingidos em sua honra, apresentem eventuais representações (contra a modelo)”, diz trecho.
Em nota o Sindpesp Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de SP) e a Adpesp (Associação dos Delegados de Polícia do Estado de SP) repudiam as declarações da modelo.
“Antes de mais nada, reafirmamos nossa solidariedade a toda e qualquer vítima de violência de gênero e o compromisso da Polícia Civil do Estado de SP em combater com rigor este tipo de crime. Todavia, não podemos tolerar que ilações sem qualquer fundamento venham a macular a honra de policiais e a imagem de toda uma instituição”, diz trecho do pronunciamento público.