Não por menos. Desde que se juntaram, Cássio e Ricardo são alvos de
notas, especulações e, quiçá, de rezas sobre rompimento. Boato que só
terá fim quando eles romperem mesmo.
Não surpreende, portanto, o fato do desabafo, quase que
instantâneo, do senador ter virado gasolina na mão de incendiários. Quem
assim pensa, já vinha fazendo fogueira até onde não tinha fumaça. Basta
Cássio faltar um evento do governo.
A diferença de ontem é que, pela primeira vez, o mote do tal
“rompimento” foi sugerido diretamente por um dos dois. E foi, com a
licença da expressão, um ato infantil, independentemente da razão de
fazê-lo.
Um senador da República que espera um ministro numa ante sala e,
porventura, é tratado sem educação pelo governador aliado só tem dois
caminhos a trilhar: ou engole a falta de educação a seco, cotando apenas
em casa o que aconteceu, ou detona no Twitter um processo de rompimento
e críticas diretas que inclui várias outras tuitadas futuras.
O que não parece prudente ou estratégico é fazer o registro, num
canal no qual possui mais de 50 mil leitores, sugerindo a deselegância
do governador Ricardo Coutinho e, log depois, calar-se ou dizer que está
tudo bem. Que não é nada daquilo que estão pensando.
Ricardo não foi ao Twitter quando deixou de ser citado no discurso
de posse de Cássio no Senado, apesar de estar perambulando no plenário
pra lá e pra cá e ter viajado a Brasília exclusivamente para prestigiar o
aliado tucano.
Não estou a isentar o governador de qualquer eventual descortesia.
Mas é que, no episódio em análise, que me perdoem os budistas, não
caberia o Caminho do Meio. Ou Cássio faria tudo ou não faria nada. Se
não houve nada, não tinha espaço pra tuitada.
Até porque, mais do que qualquer outra coisa, é muito mais
importante saber o que Cássio e Ricardo conseguiram da audiência com o
ministro.
Cássio agiu no impulso. E Ricardo, que teria sido o “vilão” da
história, ficou com o papel de mocinho ao contornar o “mal entendido”.
Se o senador, por acaso, quisesse romper com Ricardo é bom provável
que teria o apoio de metade dos paraibanos. Mas se não quer, não deve
transformar públicas as raivas que, hipoteticamente, lhe corroem o
peito.
Mais agente entende a atitude da maior liderança política da paraíba, afinal é coisa de menino.
Mais agente entende a atitude da maior liderança política da paraíba, afinal é coisa de menino.
Luís Tôrres
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