REVISTA SÃO MAMEDE

sábado, 16 de agosto de 2014

Avião com corpo de Campos deixa SP em direção a Pernambuco

O avião com o corpo do candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos, deixou a base aérea de Guarulhos, na Grande São Paulo, na noite deste sábado (16) em direção ao Recife. Na aeronave vão também os restos mortais do fotógrafo Alexandre Severo e do cinegrafista Marcelo Lyra; do jornalista e assessor de imprensa Carlos Percol; do assessor de campanha e ex-deputado federal Pedro Almeida Valadares Neto, todos da equipe do ex-governador pernambucano.
O acidente que matou Eduardo Camposaconteceu no bairro residencial do Boqueirão, em Santos, na manhã da quarta (13). O jato particular caiu sobre residências e matou os sete que estavam a bordo. Chovia no momento da queda. A Aeronáutica vai apurar as causas do acidente e, em paralelo, a Polícia Civil também irá apurar o caso para buscar possíveis responsáveis.
Dos cinco corpos que vão no voo de Campos, apenas o de Valadares Neto não desembarcará em Recife: após descer na capital pernambucana, a aeronave seguirá para Aracajú e deixará o corpo do ex-deputado federal com seus parentes em Sergipe.
Outros dois aviões com os restos mortais dos pilotos Geraldo Magela Barbosa da Cunha e Marcos Martins, também mortos no acidente aéreo em Santos, saíram logo após a aeronave de Campos da base em direção a Maringá (PR) e Governador Valadares (MG).
"O velório se inicia no Palácio do Campo das Princesas imediatamente. Amanhã as 10h, faremos uma missa na Praça da República. Às 17h será a hora do enterro no Cemitério de Santo Amaro exatamente no mausoléu da família em que está enterrado o ex-governador Miguel Arraes”, disse o governador de Pernambuco, João Lyra.
Liberação
Os sete corpos foram liberados do Instituto Médico-Legal de São Paulo, na região da Avenida Paulista, nesta tarde. Os restos mortais seguiram em sete carros funerários (um para cada vítima) escoltados por policiais civis do Grupo de Operações Especiais (GOE) até a base aérea da Aeronáutica em Cumbica, Guarulhos, na Grande São Paulo.

Quando os veículos saíram, por volta das 16h20, pessoas que se aglomeravam em frente ao prédio do IML central aplaudiram, cantaram o hino nacional e jogaram flores sobre os automóveis.
Os sete carros fúnebres chegaram à base aérea de Guarulhos pouco depois das 17h. Às 17h20, o primeiro caixão foi levado por militares da Força Aérea de um dos veículos até um avião militar. Cada esquife era carregado por seis homens.
Identificação
No fim da manhã deste sábado, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, foi ao IML para acompanhar, junto de familiares das vítimas, o fim dos trabalhos dos peritos.

Uma equipe de 34 especialistas trabalhou na identificação dos mortos, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP). Quatro peritos da Polícia Federal (PF) também apoiam os trabalhos. A realização dos exames de DNA ficou sob a responsabilidade de dez peritos criminais do Instituto de Criminalística (IC), especialistas em genética forense.
Na noite de sexta-feira (15), o governador de Pernambuco, João Lyra Neto, esteve no IML e afirmou que o velório de Campos começará assim que o corpo chegar, na noite deste sábado, ao Recife. Uma missa está prevista para as 10h de domingo (17). O funeral segue até o sepultamento marcado para as 17h, no Cemitério Santo Amaro, onde está enterrado o avô de Campos, Miguel Arraes.
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Comboio com os corpos de Campos e equipe segue pelas ruas de SP (Foto: Reprodução/TV Globo)Comboio com os corpos de Campos e equipe (à esq.) segue pelas ruas de SP (Foto: Reprodução/TV Globo)
Perfis genéticos
A demora na liberação dos corpos ocorreu por causa do estado em que se encontravam os restos mortais. “Os corpos estão totalmente dilacerados, infelizmente”, disse o líder do PSB na Câmara dos Deputados, Beto Albuquerque.

Para a identificação, foram necessários os perfis genéticos de familiares das sete vítimas. Eles foram feitos a partir de material coletado dos parentes e, então, comparados com o DNA detectado nos restos mortais.
O último material genético a ser analisado, o da família do piloto Geraldo Cunha, de Minas Gerais, chegou na sexta. Após a identificação dos restos mortais, foi emitido o atestado de óbito, e os corpos puderam ser liberados.
Arcada dentária
O dentista de Campos, Fernando Cavalcanti, também compareceu ao IML de São Paulo na madrugada de quinta levando radiografias e um molde da arcada dentária do candidato.

"Infelizmente não encontraram corpos. Foi impossível identificar porque não temos a arcada dentária pelo estrago que estava", disse o dentista. "Levei a documentação radiográfica completa, mas infelizmente a explosão foi muito grande e sobraram apenas restos."
Outro presente foi Francisco Sacramento, da Polícia Científica de Pernambuco, que trabalhou no acidente envolvendo o voo da Air France, em 2009.
O acidente
A Aeronáutica informou em nota que o avião decolou do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Guarujá, no litoral paulista. Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave.

Moradores disseram ter visto uma bola de fogo no céu. Os destroços atingiram residências do bairro e seis vítimas do acidente que moravam na área onde caiu o avião se feriram e foram para a Santa Casa de Santos. Segundo o hospital, todos passam bem.
A bordo da aeronave (veja como foi a queda do avião) estavam sete pessoas, das quais cinco passageiros (entre eles Campos) e dois tripulantes. A PF abriu inquérito para investigar o motivo do acidente, e enviou seis peritos para Santos a fim de trabalhar na apuração do caso. Aeronáutica e Polícia Civil também vão investigar.

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