REVISTA SÃO MAMEDE

domingo, 21 de setembro de 2014

Pés coloridos: A mistura de cores na política sãomamedense


Uma campanha política sem precedentes na história da democracia sãomamedense: As tintas se misturaram de vez e não se define mais a cor de ninguém. Ricardo Coutinho (atual Governador e candidato à reeleição) e Cássio Cunha Lima (ex-Governador que teve seu mandato cassado em 2008 e atualmente Senador da República) protagonizam a disputa inédita que pôs o vermelho dos pés-furados no palanque amarelo onde antes só os pés-inchados pisavam, dentre outros acontecimentos inéditos que estão fazendo os patriarcas das falanges dos finados PDS e PMDB de raiz se revirarem nos seus túmulos, haja vista que estes foram rivais e tiveram vitórias e derrotas épicas nos processos eleitorais locais desde sempre. 

É tudo muito novo! É tanto que ninguém com o mínimo de bom senso toma partido (nessa disputa sem partido) sem fazer antes uma análise minuciosa da cor da bandeira que vai carregar. Há quem diga, inclusive, que esta campanha é, extra-oficialmente, o primeiro turno do pleito para Prefeito de 2016, o que particularmente duvido, já que muita água rola e muitas voltas são dadas na arte da política local, estando estas cores sujeitas a misturas mais consistentes (ou não). O ideal seria que disso tudo restasse um arco-iris, com suas cores separadinhas, cada uma com seu brilho, mas ao mesmo tempo unidas formando um grande espetáculo.

O fato é que a mistura de cores mascarou ainda mais algumas caras do cenário politico local, ficando mais difícil distinguir se seus interesses são mesmo comuns com a sociedade sãomamedense ou pessoais visando alimentar o ego, já que os bolsos não tem mais necessidade de serem cheios.


É a eleição onde precisa-se ponderar as propostas, tomar partido e carregar a bandeira da coerência; Luzes multicoloridas, sorrisos brilhantes, tapinhas nas costas e a efusividade dos “ôba-ôbas” devem ser desconsiderados. Nosso país segue o sistema de democracia representativa. Existe a obrigatoriedade do voto, diferente do que ocorre em países como os Estados Unidos, onde o voto é facultativo (vota quem quer); É isso que finca nossos pés no Terceiro Mundo, sendo para os políticos de má fé muito fácil tomar posse do imenso poder que o processo político confere, tal qual os colonizadores que ganharam o aval de apoderamento dessas terras onde hoje vivemos dos indígenas (verdadeiros donos das terras brasileiras no começo de tudo) com espelhos e artefatos cheios de brilho, cegando sua obrigação de defender seu território, bem mais precioso da sua sociedade rudimentar; O processo político atual não difere muito, pois é muito fácil cegar a opinião pública com tantos artifícios em tempos de globalização.


Analisemos. Ponderemos. Votemos.

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