Um jovem padre que administra a Paróquia Nossa Senhora da Conceição, na cidade de São Mamede, que fica na região metropolitana do município de Partos, no Sertão paraibano, está chamando a atenção dos fiéis católicos pela sua maneira de celebrar as missas.
Ordenado em 2009, Padre Fabrício Timóteo, que deixou o curso de Direito para se dedicar ao sacerdócio, tem levado multidões para o que ele chama de ‘missas com orações de cura e libertação’. O fenômeno popular rendeu até uma comparação com o Frei Damião, um dos maiores ícones católicos do Nordeste.
“É uma grande alegria a gente poder ser comparado a aquele santo, o ícone das missões, da evangelização, da catequese da nossa igreja”, responde o padre.
Quando as missas com orações de cura e libertação acontecem em praça pública, o número de pessoas é ainda mais impressionante. Diante de uma liturgia padrão que deve ser seguida à risca na missa, Padre Fabrício explica que o segredo para tornar o evento religioso mais envolvente é o ‘fervor’ com que se celebra.
“Eu acredito muito que a gente tem que usar um novo fervor e ter uma nova motivação para fazer com que a linguagem que é transcendental e única, que é a linguagem da liturgia, se torne categorial, ou seja, que ela chegue ao coração das pessoas, ao dia a dia das pessoas”, frisou.
Nova geração de padres
Por causa desse estilo diferente de celebrar missas, Padre Fabrício logo começou a ser comparado também aos padres famosos da ‘nova geração católica’ do Brasil, como Reginaldo Manzotti, Fábio de Melo, Marcelo Rossi, entre outros. Mas ele procura deixar claro que sua intenção não é ser o centro das atenções, pois a motivação dos fiéis para irem à missa não deve ser o padre, mas sim Jesus Cristo.
“É preciso saber que o centro é Cristo. É Cristo quem precisa ser conhecido, ser adorado, ser testemunhado. É Cristo quem opera. Eu creio piamente que quem cura é a Eucaristia, não é o padre que preside, não é a assembleia que celebra. Quem cura é o Mistério a ser celebrado. Mas esse Mistério merece ser celebrado com fervor, com alegria, com entusiasmo, com vibração. O Mistério é único, mas precisa ser celebrado numa nova pedagogia, numa nova metodologia, num novo fervor”.
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DIÁRIO DO SERTÃO