Na cidade de São Mamede, cidade localizada na Região Metropolitana de Patos, na Rua Lourival Nicandro de Medeiros, ao lado da capela de São Sebastião, vive a agricultora aposentada Honorina Antônia Maria da Conceição, que nasceu em Alagoa Nova, no brejo paraibano, no distante ano de 1907, ou seja, tem 111 anos de idade, certamente uma das pessoas mais velhas do Brasil. Ela nasceu no dia 11 de fevereiro de 1907.
Ainda criança veio morar em São Mamede, na zona rural do município, no Sítio Malhada de Onça, e trabalhou a vida toda na agricultura.
Seu marido, também agricultor, faleceu em 1978, aos 64 anos. O casal teve dois filhos: Severina Hororina Borges, que está com 65 anos; e José Honório Borges, de saudosa memória.
Dona Honorina até há dois anos atrás estava completamente lúcida, mas agora de vez em quando a memória falha. Tem dias de muita lucides e dias em que esquece tudo. A visão já não tá boa, mas ainda escuta muito bem e demonstrar muito bom humor ao conversar com as pessoas.
Já não anda mais, em casa utiliza uma cadeira de banho para se locomover, quando é preciso, mas em outros aspectos ela demonstra ter muita saúde, pois come de tudo: gosta de galinha, macaxeira, batata-doce, carne e comidas feitas de milho. Gosta de ouvir forró e surpreende de vez em quando batendo o pé, acompanhando o ritmo da música.
Muito conhecida em São Mamede, dona Honorina é o retrato de alguém que teve uma vida de trabalho e vive a velhice com muita tranquilidade e compreensão. como se tivesse a sensação do dever cumprido.
Recentemente ela teve de vir a Patos, para renovação de benefício junto à Agência do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e demonstrou bom humor, chamando atenção de todos. “Só lamento uma idosa com 11 anos ter de ir até o INSS, na maior dificuldade de locomoção, pois o certo seria eles terem alguém pra vir até ela”, disse uma vizinha.
Desde 1985 a idosa mora com a filha Severina, em São Mamede, que faz uma declaração de amor à mãe: “Minha mãe é o amor da minha vida, o meu tesouro, a minha grande alegria”.
Folha Patoense