Ainda gera bastante discussão a determinação do Ministério Público Estadual (MPE) em devolver para a cidade de Patos as ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) que estavam nas cidades de São José do Bonfim, Teixeira e Condado. A cidade de São José do Bonfim já cumpriu a decisão e as demais podem fazer a qualquer momento.
A preocupação dos profissionais do SAMU, dentre várias outras, é também uma: tempo resposta para o atendimento às vítimas. A região de Teixeira é uma das que existem os maiores índices de acidentes graves, principalmente na Serra do Teixeira, onde é cortada pela PB 262.
Sem a base de apoio em São José do Bonfim e Teixeira, o tempo resposta de atendimento deve aumentar significativamente e isso pode resultar em vidas perdidas, pois as equipes do SAMU, base Patos, devem se deslocar até o local do acidente ou mesmo outras urgências na saúde.
O Procurador do Município de Patos, Dr. Jonas Guedes, se posicionou sobre a determinação do MPE e relatou que irá recorrer em ação junto ao poder judicial. “O Município vai preparar a defesa, pois se trata de uma Ação Civil Pública intentada contra o Município de Patos, na comarca de Patos, que trata de Patos assumir a administração do Serviço de Atendimento Móvel. O SAMU precisa ser eficiente e rápido. A grande questão é trazer esse aparelhamento para Patos e Patos assumir essa administração...”, relatou Dr. Jonas.
O MPE, através do Promotor Dr. Uirassu de Melo Medeiros, encontrou fragilidade jurídica em documentação para que as cidades pudessem sediar bases do SAMU. De acordo com informações colhidas pela redação do Patosonline.com, um acordo político na época do prefeito Nabor Wanderley com os demais prefeitos na região foi firmado, porém, sem a documentação necessária para que recursos e demais necessidades burocráticas fossem atendidas. Quando os municípios provocaram o MPE e MPF em busca dos recursos que estavam sendo destinados a Patos e não estavam indo para as cidades em questão, o MPE viu que na verdade a cidade de Patos deve assumir o serviço como um todo.
“Espero que essa decisão seja revista o mais rápido possível, pois quem perde é a sociedade no momento em que mais se precisa de ajuda, ou seja, no momento de fragilidade na saúde. Se existe carência de documentação para que as bases funcionem adequadamente, que seja resolvido o mais rápido possível”, relatou França, condutor do SAMU/Patos.
O Coordenador do SAMU/Patos, Sormany Santos, também se mostrou preocupado com os desdobramentos da determinação. “Estamos fazendo o máximo que podemos e não vamos deixar a população sem atendimento na região. Enfrentamos problemas na frota que precisa ser renovada, mas estamos garantindo o atendimento”.
Jozivan Antero – Patosonline.com