REVISTA SÃO MAMEDE

terça-feira, 21 de agosto de 2018

BOMBA: Nabor contratou empresa envolvida na Operação Cidade Luz, cujo dono foi preso no Rio Grande do Norte

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Mais um escândalo protagonizado pela gestão de Nabor Wanderley à frente da Prefeitura de Patos está sendo descortinado por uma minuciosa investigação, que acaba por ligar o governo do ex-prefeito a empresas envolvidas nas Operações Cidade Luz e Blackout, desencadeadas pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte ainda em 2017, com desdobramentos na Paraíba.

As empresas Enertec e Lançar, duas empresas envolvidas em um esquema criminoso e cujos sócios foram presos no ano passado por envolvimento com graves desvios de dinheiro público através do superfaturamento em contratos de iluminação pública com a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos de Natal - RN, concorreram entre si nos anos de 2009, 2010 e 2011, na modalidade convite, tendo sempre a Lançar como vencedora das licitações, prestando serviço ao município de Patos nos anos citados.

Amplamente divulgado pelos veículos de comunicação potiguares, o destaque fica por conta de Maurício Custódio Guarabyra, sócio-proprietário da Lançar, tido pelas investigações do MPRN como um dos líderes do esquema criminoso.

Clique aqui e saiba os detalhes e quais foram os presos da Operação Cidade Luz, em Natal.

Diferente do prefeito Dinaldinho, que rescindiu os contratos com a Enertec assim que eclodiu a 'Cidade Luz' em Natal sustando pagamentos e cancelando contratos ainda em 2017, Nabor não só contratou a Lançar, parceira da Enertec em Natal, como repetiu o rito da modalidade de concorrência entre as empresas durante três anos consecutivos.

Confira os convites onde a Enertec e a Lançar disputam entre si as licitações com a Lançar sagrando-se vencedora em todas elas:








Além dos contratos suspeitos firmados com a Lançar, a presença a Enertec nas mesmas concorrências em que foi ganhadora e o fato de seus proprietários terem sido presos pelo Gaeco-RN na mesma operação, outro dado que chama atenção é um acórdão proferido pelo Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, que não tratou com o mesmo rigor uma licitação realizada também na gestão de Nabor como tratou as questões que envolvem o atual prefeito, diante das suspeitas levantadas na denúncia ofertada pelo MPPB, razões pelas quais se busca respostas para perguntas que não querem calar.

Em 2012, a Corte de Contas julgou irregular a licitação e o contrato da empresa Eletro-Laser, no montante de quase R$ 1 milhão firmado com a Prefeitura de Patos, mas diferente do que aconteceu após os desdobramentos da operação realizada no último dia 2, que resultou no afastamento de Dinaldinho, os promotores não levaram essas informações em consideração, e apenas uma multa de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) foi imposta a Nabor na época, que, mesmo intimado duas vezes, sequer apresentou defesa sobre os fatos alegados na sentença.

Confira o acórdão:


Diante dos novos fatos trazidos à tona e da necessidade de que se investigue os contratos firmados por Nabor com uma empresa implicada na mesma operação que afastou Dinaldinho, ficam os questionamentos: 1. se os contratos firmados com essas empresas são irregulares e levaram ao afastamento de Dinaldinho, por que Nabor também não entra no hall de investigados da 'Cidade Luz'? 2. se os contratos firmados por Nabor com essas empresas são legais e só custam R$ 1.500,00 de multa, por que o contrato firmado e cancelado por Dinaldinho em virtude do envolvimento da mesma empresa nessas operações lhe custou o afastamento do cargo de prefeito?

A população de Patos merece uma resposta que seja, acima de tudo, nada menos que a verdade acerca dos fatos.

News Paraíba