Em seu segundo discurso como presidente da República, Jair Bolsonaro afirmou que esta terça-feira (1º) marca o dia em que o Brasil "começou a se libertar do socialismo, da inversão de valores, do gigantismo estatal e do politicamente correto".
Ainda marcado por tons de campanha, o pronunciamento durou oito minutos e foi feito após a cerimônia de entrega da faixa presidencial, no parlatório do Palácio do Planalto, reproduzindo parte dos conceitos defendidos por Bolsonaro em seu primeiro discurso, no Congresso Nacional.
"Esse momento não tem preço: servir a pátria como chefe do Executivo. Isso só está sendo possível porque Deus preservou a minha vida e vocês acreditaram em mim. Juntos temos de fazer o Brasil ocupar um lugar de destaque e que ele merece no mundo e trazer paz e prosperidade ao nosso povo", disse o presidente.
Chamado de "mito" pela multidão presente na Praça dos Três Poderes, Bolsonaro afirmou que se compromete "com o desejo de mudança" expressado pelas ruas. "É com humildade e honra que me dirijo a todos vocês como presidente do Brasil e como me coloco diante da nação nesse dia, como o dia em que a nação começou a se libertar do socialismo, se libertar da inversão de valores, do gigantismo estatal e do politicamente correto", declarou.
Bolsonaro afirmou que não se pode deixar que "ideologias nefastas" dividam os brasileiros. "Ideologias que destroem nossas tradições e valores, destroem nossas famílias, alicerces da sociedade. "Podemos eu, você e nossas famílias, restabelecer padrões éticos e morais que transformarão nosso Brasil", salientou.
Ao fim do discurso, o presidente exibiu a bandeira do Brasil e decretou: "Essa é a nossa bandeira, que jamais será vermelha, só será vermelha se for para mantê-la verde e amarela". Imediatamente antes de seu pronunciamento, em uma novidade do protocolo, a primeira-dama Michelle Bolsonaro fez um discurso em Libras, a Língua Brasileira de Sinais. A esposa do presidente é intérprete de surdos.
"Boa tarde, é uma grande honra estar aqui em um momento tão especial para nosso país. Agradeço pela solidariedade nos momentos difíceis pelos quais meu esposo passou nos últimos meses", disse a primeira-dama.